quinta-feira, 5 de abril de 2012

Três tempos. A poesia de Matos, a canção de Caetano e o hoje. Me sinto forasteiro sob a bandeira que nasci. O Brasil ainda arrasta cadáveres pesadíssimos de instituições feitas por irmãos e cidadãos que emperram a vida e sugam outros irmãos e cidadãos. Instituições públicas interesses privados. É a máquina mercante a máquina morte que só faz estratificar mais, deixar as coisas como estão, parar, morrer, gelar. Máquina de colarinho branco, de carimbos e papéis. De escusas reuniões em escusos gabinetes. de cabides de emprego. de colegas cegos às demandas do OUTRO> Triste Brasil - Ó quão dessemelhante.

Triste Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
...
Gregório de Matos

Nenhum comentário:

Postar um comentário