Between from Via Grafik on Vimeo.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Novos Encontros!
twice-behaved behaviors yet
Twice-behaved behavior cats
um peixe chamado lynch
David Lynch ("Em águas profundas")
sábado, 24 de outubro de 2009
Fogo destrói a parte material da Obra de Helio Oiticica
| mostrar detalhes 12:13 (1 hora atrás) |
Exibir imagens abaixo - Sempre exibir imagens de mairavalente@gmail.com
quem ainda tiver interessado de saber mais o que saiu na imprensa sobre o recente incêndio que aniquilou o acervo de HO e seu pai o Canal Contemporaneo fez um Dossiê.
Eu creio que seja um assunto muito caro a muitos daqui da lista, preocupados com uma memória e um descuido das próprias políticas públicas quanto a nossa história e legado que nossos artistas nos deixaram.
bem, ta aí o link
http://www.canalcontemporaneo.
bom proveito
maíra
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
My Favorite salsa PICANTE
A Dani me falou dele, ela tem o prazer de ter contato com ele. Eu vi uns vídeos, li ums textos e comecei a achá-lo FODA.
Guillermo Gomez-Peña
não quero adjetivar o trabaho deste cara. mas este inclui algumas décadas de ativismo performático, ensino (!!!), videos, ação etc.
Identidade. Política. Fronteiras. Arte. Religião.
o site do cara e dos caras (ele atua também num coletivo) é
http://www.pochanostra.com/
POCHANOSTRA
terça-feira, 20 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Corpo e alma
Fluxos entre a antropologia e a arte
A experiência de realizar, em grupo, ações individuais aleatórias dentro de um espaço delimitado, que por sua vez estava inserido num espaço muito maior – a rua – continha o desafio de manter uma unidade dentro da diversidade. Cada um de nós precisava estar inteiramente em si mesmo, para estar no outro e formar um todo. O exercício de acoplamento, que se seguiu, configurou exatamente isso e abriu o nosso campo de visão. Caminhamos pelo centro da cidade, lentamente, levemente acoplados, abertos, suaves, contemplativos e ao mesmo tempo interiorizados.
O fazer antropológico se encontra com a fazer artístico na performance de acoplamento, pois assim como o artista se envolve com o meio, com a ação e com o público de uma maneira muito particular, o antropólogo se envolve profundamente e verdadeiramente com todos os aspectos do grupo pesquisado. E é aí que entra a questão de estar inteiro para ser grupo, e de estar perto para que aconteça, para que a experiência surja, única, livre e completa.
Estou lendo um livro que narra a trajetória de um antropólogo que decide estudar o mundo do boxe, e, para isso, ele entra para uma academia de boxe no subúrbio de Chicago, nos EUA. As coisas seguem um rumo, que quando ele percebe, está totalmente envolvido por aquele universo do pugilismo e acaba virando um boxeadro amador. E este fator, diferente do que muitos poderiam pensar, não impediu que ele realizasse a pesquisa, muito pelo contrário, fez com que o trabalho dele fosse uma referência para a antropologia e para a literatura, pois o texto, além de ser reflexivo, é altamente é poético e envolvente. O autor esteve próximo, esteve por inteiro, e esteve aberto para que as experiências surgissem.
Essa é uma nova forma de se fazer antropologia, cada vez mais legítima – pasmem! – no mundo acadêmico. Acredito que o movimento do João de Ricardo em direção aos processos híbridos de criação, também configuram uma nova forma de fazer arte. Uma forma bonita e prazerosa de estar no mundo.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Hakin Bey
O Douglas postou algo de alguém muito foda. Já havia lido HAkin Bey e acho muito foda. E Recomendo aos colegas a leitura.
aquiAQUI CLIQUEME CLIQUE CLIQUE ME! tem mais artigos deste cara tão instigante.
Terrorismo Poético (TP)
Dançar de forma bizarra durante a noite inteira nos caixas eletrônicos dos banco. Apresentações pirotécnicas não autorizadas. Land-art1.2, peças de argila que sugerem estranhos artefatos alienígenas espalhados em parques estaduais. Arrombe apartamentos, mas, em vez de roubar, deixe objetos Poético-Terroristas. Seqüestre alguém e o faça feliz.
Escolha alguém ao acaso e o convença de que é herdeiro de uma enorme, inútil e impressionante fortuna - digamos, 5 mil quilômetros quadrados na Antártica, um velho elefante de circo, um orfanato em Bombaim ou uma coleção de manuscritos de alquimia. Mais tarde, essa pessoa perceberá que por alguns momentos acreditou em algo extraordinário e talvez se sinta motivada a procurar um modo mais interessante de existência.
Coloque placas de bronze comemorativas nos lugares (públicos ou privados) onde você teve uma revelação ou viveu uma experiência sexual particularmente inesquecível etc.
Fique nu para simbolizar algo.
Organize uma greve em sua escola ou trabalho em protesto por eles não satisfazerem a sua necessidade de indolência e beleza espiritual.
A arte do grafite emprestou alguma graça aos horríveis vagões do metrô e sóbrios monumentos públicos - a arte-TP também pode ser criada para lugares públicos: poemas rabiscados nos lavabos dos tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques e restaurantes, arte-xerox sob o limpador de pára-brisas de carros estacionados, slogans escritos com letras gigantes nas paredes de playgrunds, cartas anônimas enviadas a destinatários previamente eleitos ou escolhidos ao acaso (fraude postal), transmissões de rádio piratas. Cimento fresco...
A reação do público ou choque-estético produzido pelo TP tem de ser uma emoção menos tão forte quanto o terror - profunda repugnância, tesão sexual, temor supersticioso, súbitas revelações intuitivas, angústia dadísta - não importa se o TP é dirigido a apenas uma ou várias pessoas, se é ``assinado'' ou anônimo: se não mudar a vida de alguém (além da do artista), ele falhou.
TP é um ato num Teatro da Crueldade sem palco, sem fileiras de poltronas, sem ingressos ou paredes. Pare que funcione, o TP deve afastar-se de forma categórica de todas as estruturas tradicionais para o consumo de arte (galerias, publicações, mídia). Mesmo as táticas da guerrilha Situacionista do teatro de rua talvez já tenham se tornado conhecidas e previsíveis demais.
Uma primorosa sedução praticada não apenas em busca da satisfação mútua, mas também como um ato consciente de uma vida deliberadamente bela - talvez isso seja o TP em seu alto grau. Os Terroristas-Poéticos comportam-se como um trapaceiro totalmente confiante cujo objetivo não é dinheiro, mas transformação.
Não faça TP Para outros artistas, faça-o para aquelas pessoas que não perceberão (pelo menos não imediatamente) que aquilo que você fez é arte. Evite categorias artísticas reconhecíveis, evite politicagem, não argumente, não seja sentimental. Seja brutal, assuma riscos, vandalize apenas o que deve ser destruído, faça algo de que as crianças se lembrarão por toda a vida - mas não seja espontâneo a menos que a musa do TP tenha se apossado de você.
Ideias
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Ele
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Marcadores Somáticos
aqui tem um link que ainda naum li totalmente mas achoque tem coisa boa. JA ouvi muito falar das teridas do Cientista e PEsquisador Antonio Damásio. Acho que existe reverberação com as obras de MAturana - Varela, enfim, pensando em re- ver atitudes frente a complexidade do pensar e do ser humano.
cliqueme
“Os fenômenos mentais se integram verdadeiramente ao corpo tais como eu os visualizo, são capazes de dar lugar às mais altas operações, como aquelas que revelam a alma e o nível espiritual. Sob meu ponto de vista, não obstante, todo o respeito que devemos concordar em noção da alma, podemos dizer que por último esta reflete somente um estado particular e complexo do organismo”.
domingo, 11 de outubro de 2009
Teia da performance segundo Schechner
Meu método é similar ao dos aborígenes que creditam os sonhos a uma realidade tão poderosa e importante quanto a dos eventos que experienciamos acordados. Eu sei que as análises podem ser feitas separando-se os planos de realidade; mas às vezes - especialmente no teatro - é necessário viver como se o "se" fosse o mesmo que "é". (...) Performances são faz-de-conta, de brincadeira, por diversão. Ou, como Victor Turner disse, no modo subjuntivo, o famoso "se". Ou, como em sânscrito, performances são lîla - esportes, brincadeiras - e maya, ilusórias. Mas, como a tradição do sânscrito enfatiza, a vida toda é lîla e maya. Performance é uma ilusão de uma ilusão e, assim sendo, pode ser considerada mais "verdadeira", mais "real" do que a experiência ordinária.
Brincadeira, jogo, esporte, teatro e ritual: várias qualidades básicas são compartilhadas por essas atividades: 1) uma ordenação especial de tempo; 2) um valor especial emprestado aos objetos; 3) improdutividade em termos de bens; 4) regras. Frequentemente lugares especiais - lugares não-ordinários - são escolhidos ou construídos para essas performances.
O tempo do relógio é unidirecional, uma mensuração uniforme linear e cíclica adaptada do dia-noite e dos ritmos das estações. Nas atividades performáticas, entretanto, o tempo é adaptado ao evento, e é portanto suscetível a numerosas variações e distorções criativas. As principais variações do tempo de performance são:
1. Tempo do evento, quando a atividade tem uma sequência estipulada e todos os passos dessa sequência devem ser completados, não importando quanto tempo de relógio se passe. Exemplos: beisebol, corrida de automobilismo; rituais em que um "estado" é buscado, como danças da chuva, curas xamânicas, reencontros; performances teatrais com roteiro.
2. Tempo estipulado, quando um padrão de tempo arbitrário é imposto aos eventos - eles começam e terminam em momentos determinados, não importando se eles são ou não "completados". Aqui há uma batalha angustiante entre a atividade e o relógio. Exemplos: futebol, basquete, jogos estruturados em "quanto" você consegue fazer em "x" tempo.
3. Tempo simbólico, quando o intervalo de tempo da atividade representa outro (mais longo ou mais curto) intervalo de tempo do relógio, como as noções cristâs de "fim dos tempos", o "tempo de sonho" aborígene ou a meta zen do "estar presente no agora". Exemplos: teatro, rituais que reatualizam eventos ou eliminam o tempo, como brincadeiras de faz-de-conta e jogos.
Regras especiais existem, são formuladas e persistem porque essas atividades são algo à parte do dia-a-dia. Um mundo especial é criado onde as pessoas podem fazer as regras, rearrajar o tempo, estipular valor às coisas e trabalhar por prazer. Esse "mundo especial" não é fortuito, mas uma parte vital da vida humana. Nenhuma sociedade e nenhum indivíduo podem aguentar sem ele. E é especial somente quando comparado às atividades "ordinárias" do trabalho produtivo.
Brincadeira é "atividade livre", onde cada um faz suas próprias regras. Em termos freudianos, a brincadeira expressa o princípio do prazer, o mundo da fantasia privada. Ritual é estritamente programado, expressando a submissão do indivíduo às forças "superiores" ou pelo menos "diferentes". O ritual resume o princípio da realidade, a concordância em obedecer regras que são dadas. Jogos, esportes e teatro (dança, música) fazem uma média entre esses extremos. É nessas atividades que as pessoas expressam seu comportamento social.
Uma ação tem cinco características básicas: 1) processo, alguma coisa acontece aqui e agora; 2) atos, trocas ou situações com consequências, irremediáveis e irrevogáveis; 3) competição, algo está "em jogo" para os performers e frequentemente para os espectadores; 4) iniciação, uma mudança de status para os participantes; 5) o espaço é usado concretamente e organicamente.
(...) O problema continua: como animais (e pessoas) mostram a diferença entre brincadeira e "pra valer"? Comportamento ritualizado, incluindo performances, são formas de continuamente testar as fronteiras entre brincadeira e "pra valer".
Musicircus de John Cage na Bienal
Pessoal!
no dia 17 de outubro a obra Musicircus vai ser executada em Porto Alegre. Eu vou ter a honra de fazer parte desta obra congregadora de obras. O Contrato foi selecionado pelo I Ching para compartilhar o espaço de performance com as demais obras e o público.
Mais algum de vocês vai participar?
Segue uma descrição da proposta da obra:
A performance Musicircus foi criada por John Cage e realizada pela primeira vez em 1967, na Universidade de Illinois. O evento reune músicos, artistas sonoros, atores, intérpretes, poetas, artistas plásticos e muitos outros, num evento de pura imagem e som.
Musicircus reúne muitos dos principais conceitos de Cage. Sua primeira edição foi realizada com uma seleção de músicos, artistas, compositores, bailarinos e poetas em um grande espaço, onde a audiência tinha a liberdade de circular livremente. Um espaço repleto de luz, projeções de imagem e som, complementado por bebidas e petiscos, como em um circo. A intenção de Cage foi criar uma situação em que tanto a criação artística quanto a experiência do público pudessem ser compartilhadas, sem ditar uma estética única ou superior as demais. Sua principal preocupação foi demonstrar, num contexto real de espetáculo, que tanto a produção quanto a experiência da música devem ser processos colaborativos e inteiramente democráticos, que não podem ser regidos por um ego dominante. O resultado foi um ambiente de improvisação simultânea tanto de intérpretes quanto de público, onde cada indivíduo presente possuía autonomia, dentro de uma composição global de múltiplos estímulos.
Por outro lado, Musicircus é também um exemplo de como Cage estimulava a recreação, tendo sido sua esperança que este evento (entre outros) pudesse ser realizado em qualquer tempo ou lugar, sem a sua presença, mas apenas seguindo o princípio básico que ficou estabelecido durante a primeira manifestação; neste caso, em 1967. Desde então, essa performance foi realizada inúmeras vezes - em San Francisco, Chicago, Melbourne, e Londres, entre outras cidades - tanto antes como depois da morte de Cage. É em sintonia com estas idéias que a 7ª Bienal do Mercosul realizará Musicircus no Cais do Porto, em Porto Alegre, no dia 17 de Outubro de 2009. A realização deste Musicircus será possível graças ao inestimável aconselhamento e orientação de Laura Kuhn, diretora executiva da John Cage Trust, em Nova York.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Richard Schechner - In Performance Theory
epistemologically we are at breaking points. It is a cliché to say that society is in crisis.
But ours, particularly here on the North American continent, seems gripped by total
crisis and faced with either disintegration or brutal, sanctioned repression. The yearnings of the young may be a combination of infantile wishes for the wholeness of Mamas breast and a thrashing toward an impossible Utopian socialism. Or these yearnings may indicate a genuine alternative to our horriific desteny. I cannot distinguish between the true and the false. But i can identify yearnings wich have triggered not only an interest in primitive people but artistic movements that concretize that interest and start to satisfy those yearnings.
WHOLENESS. Participatory democracy, self-determination on the local, national, and internacional levels. Therapies which start from the oneness of mind;body;feelings. Getting it thogether. Total theater, intermedia, integrated eletronic systems, McLuhanism. An end to dichotomies, so that
a whole person - not mind-body
families - not fragmented individuals
communities - not governmente vs. governed
jobs like play - not alienated work
art where we are - not in museus far away
one world in peace - not wars and international rivalries
human one with nature - not ecological warfare
Process and organic growth. An end to the assembly-line approach to the production of goods and the conformism of people. Animosity toward the police, the military-industrial complex. PROCESS, NOT PRODUCT. DO YOUR OWN THING. TURN PEOPLE INTO ARTISTS NOT ON TO ART.Turbulence and discontinuity, not artificial smoothness. Organic food. Kicking out your feelings. Ritual art, all night dances.
Concreteness. Down with theories, abstractions, generalizations, the BIGGIES of art, industry, education, government, etc. MAke your demands known, act then out and get the answer now. Radicalize the students. Street and guerrilla theater, Provo action, marches on washington, demosntration on campus. Arm the blacks, urban warfare in the ghettoes. Dig the physicality of experience. Sensory awareness, involvement, and expression. HAppenings, earth art, concrete poetry and music, pornography.
Religiuos transcendental Experience. Mysticism, shamanism, messianism, psychedelics, epiphanies. Zen, yoga, and other ways to truth trough participation and formulation, as in macrobiotics, yoga and mantra chanting. Eschatological yearningsÇ what is the meaning of life: MAke all experience meaningfull. Sacralize everyday living. Sung poetry, enconter groups, experimental theater, marathons, T-groups, performances made in and by communities, tribalism, rock-festivals, drugs, trips, freak-outs, ecstasies.
PErformance Theory - Actuals page 39 - 40
resolvi postar aqui essa partezinha de um dos livros do schechner que esta servindo para minha reflexao academica e quem puder, traduza para os colegas pois meu ingles è macarronico. As palavras do cara trazem alegria, aquela vontade de continuar, de sair da cama e ir ao encontro do outro.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Atividades
=D
aqui vai uma lista dos papeisinhos que ficaram comigo que lembrar de atividades que naum estao aqui favor postar.
- andar olhando para cima
- andar tropego
- correr
- cantar
- sentar em lotus
- andar sobre uma linha imaginaria
- assediar
- respirar fundo
- chorar
- rir
- contar (numeros)
- afogar algo imaginario
- andar esquisito
- fechar os olhos
- falar o rpimeiro poema que vier na cabeca
- achar o chao
- gritar
- deitar enrrolado como um felino
- dizer em voz alta a cor da sua calcinha ou cueca (se vc estiver usando)
- agachar e levantar
- andar olhando uma arvore
- gritar o nome de deus
- falar o que esta pensando
- imitar um bode
- andar de costas
- piscar sem parar
- contar fios de cabelo
- tocar
- pular com um pé só
- bater palmas
- dizer não em voz alta
- saltitar
- inflar ar (como balão)ao máximo até explodir
- andar super lento
- beijar (esse eu quero fazer!!!!!!)
- rolar
- olhar
Retornando e enfatizando o post abaixo.
As melhores performances do Fluxus
Micro 1 - Enrole um microfone com um pedaço de papel muito grande. Faça um pacote apertado. Mantenha o microfone ligado por mais cinco minutos. (Tekehisa Kosugi, data desconhecida)
Mechanical Fluxconcert - Microfones são colocados na rua, fora das janelas ou escondidos no meio do público. O som é amplificado. (Richard Maxfield, data desconhecida)
Laundry Piece - Para entreter seus convidados, traga o cesto de roupas sujas e explique a eles sobre cada item. Quando e como ele ficou sujo e por quê etc. (Yoko Ono, 1963)
Prelude - Amarre os assentos das poltronas do público aos seus encostos antes da performance. (Nam June Paik, data desconhecida)
Dragging Suite - Arraste com uma corda, pelas ruas e escadas: bonecas pequenas ou grandes, bonecas vestidas ou peladas, bonecas quebradas, sujas ou novas, homens e mulheres reais, instrumentos musicais etc. (Nam June Paik, data desconhecida)
Moving Theather - Uma frota fluxus de carros e caminhões transita na cidade durante a hora do rush. Num momento determinado, todos os motoristas param os carros, desligam os motores, saem dos carros, trancam as portas e saem caminhando. (Nam June Paik, data desconhecida)
Nap - Prepare uma cama na mesa da sala. Preferivelmente a mesa onde se come. Tire uma sesta nela. (Willem De Ridder, 1964)
Sanitas No.2 - O auditório ou teatro deve ser escuro. Performers jogam pequenos objetos no público, como moedas ou brinquedos, e tentam encontrar esses objetos usando lanternas. (Tomas Schmit, data desconhecida)
Sanitas No.35 - Folhas em branco são mostradas ao público sem nenhuma explicação. Por cinco minutos. (Tomas Schmit, data desconhecida)
Sanitas No.165 - O público está sentado em cadeiras não-numeradas, então pede-se a eles que corrijam o engano trocando, por exemplo, da primeira fila para a última etc. (Tomas Schmit, data desconhecida)
Spatial Poem No.1 - Escreva uma palavras ou algumas palavras num cartão de papel e coloque-o em algum lugar. Por favor, diga para mim a palavra e o lugar que eu vou editar o mapa-mundi. (Mieko Shiomi, 1965)
Smoke Poem - Material: cigarros, isqueiros, canetinhas finas. Cada voluntário no público escreve num cigarro o nome de alguém que odeia ou por quem não tem simpatia. No caso de não haver nenhuma pessoa assim, ele pode escrever o nome de um peixe. Então todos fumam ao mesmo tempo. (Mieko Shiomi, 1966)
Music for Two Players - Numa peça fechada, passem duas horas em silêncio. (Podem fazer qualquer coisa, menos emitir sons com a voz.) (Mieko Shiomi, 1963)
Event for the Late Afternoon - À tardinha, suspenda um violino com uma corda comprida do terraço de um edifício até ele quase encostar no chão. (Mieko Shiomi, 1963)
Opus 23 - [Determine uma data.] Sente-se das 19h00 às 20h03 (determine o fuso) e pense nas pessoas em todo o mundo que podem estar fazendo esta performance. (Eric Andersen, 1961)
Choice 3 - Um piano está no palco. O performer entra usando um capacete. Ele toma a maior distância possível do piano. Ele bate com a cabeça no piano com a maior velocidade possível. (Robert Bozzi, 1966)
Cheers - Conduza um grande número de pessoas até a casa de um desconhecido. Bata na porta. Quando alguém abrir a porta, a multidão aplaude e saúda de forma vigorosa. Todos vão embora em silêncio. (Ken Friedman, 1965)
Fluxus Television - Pinte programas e imagens no vidro da televisão. (Ken Friedman, 1966)
Orchestra - Uma orquestra de "tocadores de toca-discos". (Ken Friedman, 1967)
Empaquetage pour Christo - Um objeto modesto é empacotado [na nossa linguagem, ele é tornado monstro]. (Ken Friedman, 1967)
Loss - Perca ferramentas ou objetos úteis. (Ken Friedman, 1971)
White Tooth Workshop - Escova seus dentes usando uma escova diferente para cada dente. (Ken Friedman, 1989)
Stage Fright Event - (...) Somente as pernas do joelho para baixo devem estar visíveis. (...) (Ken Friedman, 1991)
Bird Call - Telefone para um passarinho. Se você não conhece nenhum passarinho que tenha telefone, dê um telefonema em que você faça sons de passarinho. (Ken Friedman, 1992)
Magic Trick #2 - Caminhe no palco com uma marreta, um ovo e um pequeno gravador. Coloque o ovo num lado do palco. coloque o gravador no outro lado. Pressione play no gravador. Caminhe de volta até o ovo. Pegue a marreta e esmague o ovo. Sente e espere. Depois de 15 segundos, o gravador toca o som de uma galinha. (Ken Friedman, 1993)
Fall - Atire coisas difíceis de serem jogadas por serem leves. (Lee Helfin, data desconhecida)
Ice Trick - Passe um pedaço de gelo entre os membros do público enquanto toca sons de fogo ou enquanto há algum fogo real no palco. A peça termina quando o gelo derrete completamente. (Lee Helfin, data desconhecida)
Street Cleaning Event - Os atores estão vestidos de branco como técnicos de laboratório. Eles vão a um local selecionado na cidade. Uma área de calçada é designada para o evento. A calçada é limpa meticulosamente com objetos e produtos que não são usadas para limpeza de rua, como pasta-de-dente, escova-de-dente, cotonetes com álcool, bolas de algodão, esponjas, guardanapos etc. (Hi Red Center, data desconhecida)
From Twelve Lectures about the Same Thing or Bartenders Who Have no Wings - Ato seis: uma garota linda está nua. Depois de algum tempo ela se dá conta de que está nua e fica sem jeito. (Dick Higgins, 31 de maio de 1966)
Lessons - Telefone para um número qualquer e pergunte o nome da pessoa que atender. Telefone para um conhecido e peça pelo nome obtido na primeira ligação. (Davi Det Hompson, 1969)
Dog Symphony - Cães são permitidos no público. A orquestra é equipada com apitos para cães. Ao sinal do maestro, o apito é assoprado e tocado enquanto os cachorros latem. (Joe Jones, data desconhecida)
Calls, Canto 6 (Letter) - Abra um envelope vazio com as duas mãos e fale alto dentro dele. Então feche-o rapidamente e envie-o para alguém. (Bengt Af Klintberg, dezembro de 1965/junho de 1966)
Party Event - Mande convites para todos os seus amigos - exceto um deles - com o seguinte conteúdo: festa verde roupas verdes. E mande para um deles: festa vermelha roupas vermelhas. (Bengt Af Klintberg, 1967)
Cat - Pegue um gato. (Milan Knizak, 1965)
Killing the Books - Com tiro, queimando, afogando, cortando, colando, pintando etc. (Milan Knizak, 1965-1970)
Bob Dylan: serpente no horóscopo chinês
- Com o quê?
- Mensagem sutil ou óbvia?
- Com uma mensagem... Que música com mensagem?
- Como 'Eve destruction' e coisas assim.
- Prefiro isso a quê?
- Não sei, mas suas músicas deveriam conter uma mensagem sutil.
- Mensagem sutil?
- Bem, supostamente deveriam ter.
- Onde leu isso?
- Numa revista de cinema.
- Ah, meu deus...
- Pensa em si basicamente como um cantor ou um poeta?
- Penso em mim como um homem que canta e dança, sabe?
- Senhor Dylan, sei que não gosta de rótulos e provavelmente está certo, mas, para nós que estamos bem acima dos 30, poderia se rotular e talvez nos dizer qual é o seu papel?
- Bem, eu me rotulo como bem abaixo dos 30. E o meu papel é ficar aqui tanto quanto puder.
- É considerado por muita gente símbolo do movimento de protesto do país, para os jovens. O senhor vai participar da manifestação do Vietnam Day Committee em frente ao hotel Paramount, esta noite?
- Estarei ocupado esta noite.
"As coisas fugiram do controle. Sabe, caíram no... Você me pergunta se escrevo canções surreais, mas esse tipo de atividade é que é surreal. Não tinha respostas para essas perguntas, não mais do que qualquer outro artista, na verdade. Mas isso não impediu a imprensa, nem as pessoas, ou quem quer que seja, de me fazerem esses questionamentos. Por alguma razão a imprensa achava que os artistas tinham as respostas para todos esses problemas da sociedade. O que se pode dizer sobre isso? É algo meio absurdo."
- Senhor Dylan, parece muito relutante em falar sobre o fato de que é um artista popular, na verdade dos mais populares.
- O que quer que eu diga?
- Bem, não entendo por quê.
- Bem, o que quer que eu diga a respeito?
- Bem, parece de ter vergonha de admitir que é... de falar a respeito...
- Bem, eu não estou com vergonha. O que quer exatamente que eu fale? Quer que eu pule e diga 'Aleluia' e quebre as câmeras e faça algo estranho? Diga-me. Diga-me, faço o que mandar. De não puder fazer, acharei alguém que faça o que quer.
- O senhor não sabe por que razão ou não tem idéia de por que é popular, isso é o que me interessa.
- Na verdade, nunca me esforcei para isso. Aconteceu, sabe? Aconteceu, como tudo acontece.
Obsessão é uma das características
Qual é o nome disso que você faz?
Alice Daquet (ex-Nouvelle Vague) - (...) De qualquer das formas, mesmo que não tivessem lançado os meus discos teria continuado a fazer esta música, e a fazer o que faço agora, as performances, os vídeos, as fotografias. Lançarem os meus discos é apenas a parte industrial do meu trabalho. Estou a viver da minha arte desde há alguns anos, como é que me poderia queixar?
André Gomes/Bodyspace - Como é que te sentes por teres a oportunidade de fazer arte do princípio do dia ao seu fim? Tens outras actividades não artísticas de relevo, para além da rotina diária?
Não, até mesmo o dia-a-dia parece uma aventura. Comprar tomates poder-me-ia fazer pensar muito! Eu não diria que a minha vida é arte, apenas continuo a pensar constantemente em novos projectos e às vezes gostaria de desligar o meu cérebro.
Tendes a misturar música com performance, body art, pesquisa sonora. A música por si mesma não é suficiente para ti? Precisas de a confrontar com outras realidades?
Eu apenas faço as coisas em que estou a pensar e devo ter muitas coisas para dizer porque eu faço muitas coisas. Estou a trabalhar noutros projectos media, mas a música permanece como uma parte importante do meu trabalho, sozinha ou dentro de outro projecto. Por exemplo, eu escrevo a parte musical ou faço o desenho do som do meu vídeo por mim mesma e é uma parte importante da peça. Baixo profundo, ruído louco, ritmo, voz, as palavras dizem mais do que a imagem em si. Tenho sorte de ter a oportunidade de fazer tudo, assim posso ir mais longe, ser mais profunda, mais louca...
Alguma vez separas a performance da própria música? Ou para ti são apenas duas caras do mesmo conceito?
Já fiz performances sem música e música tocada por ensembles de música contemporânea ou escrita para coreógrafos. Não estou sempre em palco para fazer performances. Não defendo nenhum tipo de particularidade na arte, sou uma intelectual exigente do caralho e defendo muitas coisas, mas aqui tenho de aceitar que não posso desenhar um conceito que diga respeito à parte media da minha arte. É difícil desenhar um conceito na própria arte; por isso, se começamos a formalizar a forma como a fazemos, é melhor parar... De outro modo, não estou pela multimédia, acho que é uma forma falsa de definir alguém, e os artistas precisam de pertencer a alguma coisa, ou o público falar acerca do que viram ou perceberem o que se passou. É inútil. Para resumir: just do it . . .
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Half-life 2 + Música + Projeção
Misture: Half-life 2 + Música + Projeção, esse foi resultado de um Live Set que rolou em Pittsburgh.
A ideia: Re-edição de um jogo composto de gráficos 3D transformados em um instrumento visual.
O artista Riley Harmon trabalhou essa ideia de uma forma muito original, o cara utilizou o Source engine (Mecanismo de jogos 3D) desenvolvido pela Valve corporation (Desenvolvedora de jogos de video-game) em que através dele você pode re-editar e desenvolver novos elementos apartir dos modelos 3D’s do jogo. Não posso entrar em maiores detalhes aqui pois não sou um grande conhecedor desta linguagem.
Riley re-utiliza as formas 3D para criar uma instrumento visual aplicado a música. Nesse exemplo acima ele utiliza o mecanismo do Half-Life 2, e a medida que ele mexe o mouse a imagem sofre modificações.
Uma idéia muito legal, e que tem muito a ser explorada ainda, ele mesmo diz que agora pretende agregar efeitos e cenas controlados através de MIDI.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Eu-Dudu-Ângela & crianças
(E a Silvana olhando ali atrás.) Fotos: Stela Menezes. Abaixo, a tomada (de percepção) do monumento.
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Intuição
"A única coisa que eu posso dizer é que eu fui levado a fazer o filme, que essas imagens vieram até mim e eu não as questionei. Minha única defesa é: 'Perdoem-me por eu não saber o que eu faço.' Eu sou a pessoa errada a ser questionada sobre o que o filme significa ou porque ele é como ele é. É um pouco como perguntar a uma galinha sobre a canja de galinha." (Lars Von Trier)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
entre monstros e melados
Pois penso que é Amor,
Pois sinto que é Amor,
Pois tenho certeza de que nada mais é que amor!
Carrol considerava este o mais belo poema que já escrevera. Mesmo os que concordem com o sentimento que lhe é subjacente, e subjacente a outras partes do romance que são fortemente saturadas de pieguice, têm dificuldade em ler hoje esses trechos sem constranger o autor. Eles parecem ter sido escritos no fundo de poços de melado. Somos lamentavelmente forçados a concluir que, no conjunto, Sílvia e Bruno é um fracasso tanto artístico quanto retórico. Com certeza poucas crianças vitorianas, a quem a história se destinava, sentiram-se em algum momento comovidas, divertidas ou levadas por ela.
Ironicamente, é o nonsense anterior e pagão de Carroll que possui, ao menos para certos leitores contemporâneos, uma mensagem religiosa mais eficaz que Sílvia e Bruno. Pois o nonsense, como Chesterton gostava de nos dizer, é uma maneira de encarar a existência aparentada com a humildade e o assombro religiosos. O Unicórnio pensou que Alice fosse um monstro fabuloso. É parte do embotamento filosófico de nosso dias que existam milhões de monstros racionais a andar por aí sobre as patas traseiras, observando o mundo através de pares de pequenas lentes flexíveis e empurrando periodicamente substâncias orgânicas por orifícios em seus rostos para se abastecer de energia, os quais não vêem absolutamente nada de fabuloso em si mesmos. Ocasionalmente os narizes dessas criaturas são sacudidos por paroxismos momentâneos. Kierkegaard imaginou certa vez um filósofo espirrando ao registrar uma de suas frases profundas. Como poderia tal homem, perguntou-se Kierkegaard, levar sua metafísica a sério?
O último nível metafórico nos livros de Alice é este: que a vida, vista racionalmente e sem ilusão, parece ser uma história disparatada contada por um matemático idiota. No cerne das coisas a ciência só encontra uma louca e infindável quadrilha de Ondas da Tartaruga Falsa e Partículas do Grifo. Por um momento as ondas e as partículas dançam em padrões grotescos, inconcebíveis, capazes de refletir apenas seu próprio absurdo. Todos nós vivemos vidas burlescas sob uma inexplicável sentença de morte, e, quando tentamos descobrir o que as autoridades do Castelo querem que façamos, somos encaminhados de um burocrata para outro. Não temos sequer certeza de que o Conde West-West, o dono do Castelo, realmente existe. Mais de um crítico comentou as semelhanças entre O processo de Kafka e o julgamento do Valete de Copas; entre O castelo de Kafka e um jogo de xadrez em que peças vivas ignoram o plano do jogo e não têm como saber se estão se movendo por vontade própria ou sendo empurradas por dedos invisíveis.
(...)”
Comentário de Martin Gardner sobre a obra de Lewis Carroll no livro “Alice - edição comentada” (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2002 – pág XIII)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Revisitando nos
Não tinha percebido que o ricardo tinha postado o vídeo do site blublu.org...
Loucura.
post it:
LEMBRAR DE PARAR COM AS DROGAS!